Uma poesia nunca é nova
ela já envelheceu antes de ser palavra
nos meandros do cérebro, oculta das pessoas.
A sua verbalização na página
é o último gesto de limitação
a que o poeta condena a poesia.
Esse ato de desapego, ensaiado tantas vezes
é o divórcio definitivo entre o poeta e a poesia
o último adeus de um caminho longamente
trilhado de mãos dadas e comunhões silenciosas.
Na página ambos seguem caminhos distintos
na esperança de encontrar novos amores.
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