sábado, 30 de maio de 2015

Uma poesia nunca é nova
ela já envelheceu antes de ser palavra
nos meandros do cérebro, oculta das pessoas.
A sua verbalização na página
é o último gesto de limitação
a que o poeta condena a poesia.
Esse ato de desapego, ensaiado tantas vezes
é o divórcio definitivo entre o poeta e a poesia
o último adeus de um caminho longamente
trilhado de mãos dadas e comunhões silenciosas.
Na página ambos seguem caminhos distintos
na esperança de encontrar novos amores.


Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...