Profano [...]
este corpo que me foi dado
para gozo e delírio
templo das delícias,
refúgio das épocas amargas.
Gozo [...]
a vida em carne tépida
que os vermes devorarão
libidinosos na campa escura.
Hoje devoro, degluto
sua carne macia
qual os vermes vindouros.
Invejo-os porque podem
carregar consigo tua carne
que eu apenas posso
habitar momentaneamente.
Eu, verme de teu prazer
e de teus humores húmidos
quentes líquidos em cama
ligeira de amores efêmeros.
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