O labirinto queima sob meus pés
traço caminhos sem saída
desemboco sempre no beco
e só vejo o muro, a muralha
à qual me levaram meus pés.
De ordinário desconheço a saída
sou eu o labirinto e o Minotauro
devoro-me em dúvidas loucas
e com os fios de escape teço
o trançado da corda que aguarda
o cadafalso de minhas ações.
Condenado a mim mesmo
tramo labirintos à noite
para me perder em seus jardins
no dia a dia de minha trama solitária.
Um comentário:
Muito bonito!
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