domingo, 7 de setembro de 2014

Sinto que passaste pela porta do quarto,
presença de sombra e bronze.
Tecido de pele morena
que escorre entre meus dedos.
Fecho os olhos para que não amanheça
e sinta tua pele de areia
escorrer leito afora.
Brinco de deter o tempo.
Prendo-te enlaçando meus braços
em tua cintura de ampulheta,
mas descuido e abro os olhos.
Estático, surpreendo-me só com a sensação
de tua pele de sombra e bronze
a badalar em meus ouvidos.
 

 

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei muito desse poema.. Parabéns pelo seu trabalho!

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...