Ali estava ela [a modelo]
doentia, magra, pálida,
esquelética, esquálida.
Desfilava ancas femurais
pela passarela ensandecida.
Flashes disparados, cliques,
quase radiografias da
beleza moderna se esvaindo.
Modelo de fome e abstinência,
privação para caber
entre colunas da capa
da próxima revista de moda.
Enfim, ainda somos românticos,
admiramos a forma cadavérica,
semi-morte que se exibe para nós,
enquanto lhe oferecemos uma rosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário