sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Doce cortiço - Soneto imperfeito

No lindo sonho de vermelho e sol
Pombinha, branca menina, manchou-se
do sangue quente e vermelho:
soube-se jovem e mulher.

Casou-se de véu e grinalda
qual suas brancas asas.
Na noite de lua de mel
abatida foi por dolorida estocada.

Ferida em seus brios e amor
sangrou calada e sem soluços.
Mas, pela aurora, Pombinha voou.

Encontrou doce pouso e consolo
em colo alvo e igual
deixando para trás a estocada dor da perda.


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