sexta-feira, 5 de setembro de 2014

As palavras mentem
inevitavelmente são mentirosas
em teus doces lábios.
Saboreio o tom das palavras
mastigo cada sílaba
como se devorasse tua língua de hidra.
Sei que teus olhos desmentem
o som da flauta ciciante
emitido por tua boca.
Mas, ineludivelmente fui traído
pelos arpejos de teu lirismo
e hoje me vejo à sombra do abismo.

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