Sob minha pele crescem raízes amargas;
as veias são vestígios de venenos antigos
dilaceram minha carne
e explodem na convulsão
vidrada dos olhos
e da língua que serpenteia,
destilando sílabas ferinas.
Tubérculos venenosos incham
o coração que bate, bomba, bombardeia
com jatos sanguinolentos
a carne enferma de lembranças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário