quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Não me vejo no espelho
o reflexo é de uma sombra,
de um ser informe,
substância negra em tela
transparente a perder-se
no infinito.

Com o tempo 
as manchas aumentam,
o espelho enferruja, 
as vistas diminuem
e a ausência do rosto efebo
fere o reflexo com rugas e talhos,
marcas de faca n'alma,
que expõem o mapa 
sobre minha face.

Este não sou eu, 
minha face é do passado
esse ser que me irrita no reflexo
é mágoa guardada, 
é ódio retido.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...