domingo, 4 de setembro de 2016

Aprendi a estender menos a mão.
Aos muitos prazeres que dei
multiplicaram-se os desprazeres.

Não direi mais: "muito prazer",
não me fizeste gozar [ainda]
nem contigo ri em horas perdidas.

Na chegada evitarei o prazer,
quem sabe ao acenar da despedida
possa dizer do amor que deixaste,

embora seja tarde,
o mais doce e triste e sincero
muito prazer.

Se quiseres, fique mais, é cedo
aqui tens a minha mão aberta
e a tua mão também aberta aí tens.

Para quê o aceno da despedida
se cabe a nós o prazer da chegada
ou a dor da despedida?

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...