sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Volto aos fragmentos para casa
peso o peso do dia na balança
de uma mente atenta aos alaridos
ocultos no negro silêncio da noite.
Ando de cabeça baixa, mãos soltas
como se calculasse os passos 
no jogo de ladrilhos da calçada.
Medo da solidão? Do quarto gelado?
Apenas a certeza do vazio anunciado.
o céu ou o inferno do jogo da amarelinha
Volto no dois/um à infância mentalmente
nesse jogo solitário de ser alguém
que não sou para preservar meu eu
sempre intacto da estranheza do mundo.
No fundo ainda sou criança, as cãs
disfarçam o apelo constante da fantasia
e vivo nesse mundo disfarçando no velho
a criança que ainda sonha com o abraço
apertado de uns pais ideais que nunca tive.


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