sábado, 26 de setembro de 2015

Durmo de olhos abertos
me é impossível o sono
o sono dos justos repousantes
desprovidos de alma.
Alguns dormem, sentem a lenta
modorra circundá-los
como a serpente esmaga
os ossos de suas presas.
Comprimidos pelo cansaço
se entregam à morte momentânea
ilusão da eternidade rota
pelo soar do despertador.
Quanto a mim, não vivo de ilusões
e durmo de olhos abertos
na angústia do dia que amanhecerá.

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