Porque me sinto estranho
tomo essa xícara de café
olhando o nada proporcionado
pela parede em branco na qual confio
as minhas primeiras horas do dia.
Flerto com uma janela imaginária
abro horizontes perfeitos
repletos de uma felicidade folhetinesca.
E diante desse horizonte branco
rabisco os projetos do que seria
minha vida se eu fosse outro
se não tivesse nascido em um 16 de abril
e não tivesse essa carteira de identidade
que me denuncia por onde passo.
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