sábado, 26 de setembro de 2015

Dizem alguns
de meus versos
que são tristes.
Respondo
como me é habitual
que sou poeta,
se fosse palhaço
daria uma cambalhota
cairia no picadeiro
e o espectador inebriado
gargalharia um riso frouxo
desprendido da vida.
Mas sou poeta
e aferro-me à palavra muda
casmurra de todos os dias,
com a qual me alimento
e dou vazão à dor
nossa de todos os dias
AMÉM.

Um comentário:

Leila Vilela disse...

"Mas sou poeta
e aferro-me à palavra muda
casmurra de todos os dia"

Perfeito! Que linda forma, weslei, de expressar
essa arte de trabalhar com palavras...

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...