Pulei o muro de minhas ilusões.
Dói encontrar um mundo fora do meu corpo.
Tenho a impressão de não ser convidado,
há pessoas iguais a mim, mas se negam a me olhar
viajam por suas quimeras mundocentricamente fechadas em si.
As pernas carregam pesos inertes
prendem cabeças ocas ao chão da realidade.
Se não fossem esses pés calejados, muitos vagariam sem rumo
presos às muralhas da solidão.
Arrependi-me de ter pulado o muro
quero voltar ao aconchego do meu eu,
a essa solidão carinhosa e só minha.
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