domingo, 2 de novembro de 2014

Espera

Brilhou no rastro da noite
um véu de estrelas arrastado pela via-láctea.
A noite, noiva insone, chegou adornada
pronta para a vigília das horas.
Aguardou o noivo, chorou estrelas e
orvalhou a grama para a manhã.
Em vão esperou o amado;ligou
o abajur da lua para iluminar o céu escuro.
Sentiu frio e se cobriu com o manto da aurora
rósea suspensa pelos pássaros em revoada.
Quando o sol, noivo tardio, chegou para aquecer a noite
ela havia partido cansada do longo velar noturno.


Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...