terça-feira, 4 de novembro de 2014

Despenquei do retrato
como é estranho pisar no mundo.
Antes apenas era olhado e admirado
agora sou olhado e criticado.
Devolvam-me ao retrato
voltem-me para o tempo inerte
nas águas paradas do poço da memória.
Pendurem-me de volta na parede
deixem-me esquecido no canto sem luz
não sei viver fora do retrato
daquela imagem distante e perfeita que fizeram de mim.

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