Rememorei teu corpo
difícil escapar a
terreno tão conhecido.
Mas teus olhos insulares
prenderam-me à vista
de tanto espaço a percorrer.
Minhas mãos sedentas
dessa posse antiga
herdada dos avós masculinos
congelaram-me nesse gesto
e não podia sair
de teus olhos de ínsula.
Naufraguei sem barco,
sem mar, sem ondas
nessa liquidez ocular
e fui me deixando ficar
até perceber que a posse
era tua e que tuas mãos
é que me prendiam
e que meu corpo já
não era mais meu.
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