Este silêncio branco das palavras
me mastiga a alma,
suas fortes mandíbulas
fazem de mim presa fácil
às suas torturas palavrares.
Jogo com o branco da página
brinco com seu espaço vazio
adorno de negro esse véu alvo
alvo de tantas histórias, prazeres e
desprazeres, amores e desamores,
esta tortura física por depender
de alguém que te leia
que te ame, que preencha teu vazio.
Nisso sou como a página em branco
possuo um vazio alvo enorme
e essa intensa necessidade de que me adornem
que me preencham, que maculem meu ser.
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