quinta-feira, 16 de abril de 2015

O meu eu está apegado em mim
nem no poema posso ser outro.
Não consigo sonhar além de mim
sou simplesmente eu, eu-lírico
de uma face só, máscara única
sinal de escravidão, marca de fugido.
As palavras me denunciam, têm minha face,
nem nos versos posso esconder-me.
Os versos são meu espelho,
inevitavelmente eles refletem a mim,
duro, vazio, frio, homem mineral
cioso de minha imagem que 
só poder ser polida no espelho das palavras.

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