domingo, 26 de abril de 2015

Nunca compreendi as pessoas
tampouco me compreendo.
Creio ser isso sinal de humanidade
que nos irmana aos demais homens,
falhos, pecadores, imperfeitos.
Nessas engrenagens quebradas
acabei me enroscando em ti.
A tua falha foi minha salvação.
Encaixei-me no teu erro
na tua fenda, no teu vazio.
Completei-me, dei-te a mão
e erramos juntos pelo caminho;
fomos mais humanos, homem
e mulher nas errâncias eternas.
Princípio e fim da humanidade
encerrados em nossos corpos.

Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...