sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O rio da infância
é belo em sua irrepetível
indiferença de água cristalina.
Nesse espelho de minha alma
vejo-me belo e risonho
ainda crente da fé em Narciso
intocado pelas marcas do tempo.
Hoje esse rio parece-me
belo nos cristais da memória
mas o meu rosto tem as marcas
do assoreamento da idade
podado dos verdes anos os 
meus galhos mais tenros. 
 

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