Quando te vi pela primeira vez
dançavas na chuva ao ritmo
das gotas ligeiras que
faziam véu sobre tua cabeça.
Achei que teus cabelos
lembravam uma enxurrada
e fui arrastado por eles
desdenhando do perigo de
teus cachos em redemoinhos.
Aquela chuva intemperante
molhou tua pele e foste
escorrendo por entre meus dedos.
Chuva, pele, dedos, cabelos
tudo se desfazia diante de meus olhos.
Até que o céu abriu-se em sorrisos
de um azul celeste enjoativo
e de líquida te fizeste tão vaporosa
que apenas neste instante percebi
meus olhos choverem de saudade.
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