De quem é essa voz
que me subtrai de mim?
Fantasmas soltos no hospício?
Pedra, água, sopro,
xamanismo esquizofrênico
chamado de poesia
engastado em versos únicos.
A poesia grita de dentro
dos cemitérios, chamando os vivos
à tensão vácua da eternidade.
A orgia das palavras está preparada,
é inevitável a penetração
neste gozo de sons e onomatopeias.
Os fogos fátuos bruxuleiam
pelas lápides duras, romantizando
essa procriação de verbos.
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