Quando era criança, tinha medo do escuro.
Fantasias povoavam o espaço negro
e não abria meus olhos.
Na adolescência, controlei o medo da escuridão.
Tentei convencer-me de que não havia nada
quando a luz se apagava.
Agora sou adulto, não posso dizer
que perdi o medo do escuro,
mas imerso nele, abro os olhos
e minto para mim mesmo que
na escuridão não há nada e
estes seres que me fazem companhia,
são memórias da escuridão da infância.
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