Escravo de mim
não me componho em versos.
Sou carne, osso, sangue,
desejo de vida longa.
E morte breve.
Aceito tacitamente o desejo;
o verso é apenas ensejo
do prazer em palavras,
deliciosamente saboreadas,
pronunciadas ciciando
sílabas "eróticotônicas"
na explosão bilabial;
projeto de beijos sonororeal.
Nada de verso vocábulo, signo;
só carne, dentes, saliva.
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