Tento sair de meu invólucro,
mas as correntes que me prendem
são pesadas demais.
Sigo encarcerado
em mim
e sou um carcereiro cruel
que a nada perdoa
por mais que me doa.
Daí, vem esse meu olhar
de desespero.
Herança familiar
marcada a ferro quando nasci.
Reforçada a cada vacina que tomei,
a cada remédio que engoli
para me tornar este corpo,
que carrega consigo
o olhar desesperado
de quem ainda não compreendeu
a que veio neste mundo.
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