A morte ou a vida?
A morte em vida?
Ou a vida em morte?
Qual a melhor opção?
Qual a menor dor?
A de viver ou a de morrer?
Afinal, o que é a vida
sem a morte?
Essa parceira perene
certa, exata em seus atos?
Acordamos e agradecemos a vida
agradecemos por estar vivos.
Mas, qual o medo da morte?
De que cesse a dor
ou a felicidade de estar vivo?
Será o medo de que a morte
seja mais medíocre do que a vida
em seus boletos, contas,
compromissos, contratos assinados,
de uma vida em parcelas
com cheiro de pão assado pela manhã
e manteiga a derreter sobre o miolo?
Do que teme o homem
o que tememos nós, desmascarados
da visão científica que nos coloca
como seres humanos?
Será que é o medo da igualdade
da morte e seu desnudamento?
Será que é o medo da morte
em expor nossos ossos
livres de psicanálises ou padrões
de beleza das revistas e blogs?
A morte, não há muito o que
dizer sobre ela,
assim como não há muito
o que se dizer sobre a vida.
Morte e vida, faces da mesma moeda
nunca sabemos quando se começa
a viver ou a morrer efetivamente.
sábado, 20 de outubro de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...
-
Difícil resumir em poucas linhas, quiçá em poucos parágrafos trinta e nove anos de vida. Nem de perto passou por minha cabeça essa possibil...
-
Ouvi em algum lugar que a cova ou a sepultura, se quiserem ser mais educados, é o fim de todos nós. A morte nos iguala, ricos ou pobres se v...
-
No começo era o verbo e foi uma falação sem fim, um palavrório de burburinho até que se fez o homem e a palavra nada pôde a partir daí. ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário