terça-feira, 23 de agosto de 2016

Rio sem margens

O rio [sic] são essas águas estranhas
que nos invadem pelos fundos
e nos submergem corpo e alma
em uma sensualidade líquida,
uterina, todo água morna.
Nostalgia de tempos imemoráveis
mistério doce latente, presente
que se condensa em braços, abraços
nos toma pelos lados, pernas, cabeça...
Inevitável submergir
impossível não se afogar.
Rio é isso, esse correr mudo.
Rio é tudo quanto nos afoga
é tudo quanto nos faz navegar.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...