quinta-feira, 5 de novembro de 2015


O passado é a ausência presente
contemplo estes porta-retratos mortos,
mas como doem em sua estaticidade.
Grito diante dessas imagens,
que mudas, zombam de minha aflição.
O passado, essa porta aberta às definitivas ações
olha-me inexorável do alto de seu orgulho
de ser e apenas ser o que é definitivamente.
Carrego no alforje porções de passado
e invejo a leveza das doces, suaves amnésias
que quase flutuam no tempo presente.
Felizes dos que viram, viveram e esqueceram
porque deles é o reino dos céus. Amém!!!

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