quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Minha poesia é negra
como a asa de um corvo.
Seu piado espreita mortes
trabalhadas nas cumeeiras das casas.

Nas palavras e gestos de Penélope
teci mortalhas ao longo de anos,
evitei o antídoto de Sherazade
abortei os contos antes do amanhecer
e contemplei cabeças rolando.

Fiz da poesia minha guerra florida
nesses eclipses astecas em noites
de luas vermelhas.

No mundo das alegrias fabricadas
vendidas em milhares de terabites
quase na velocidade da luz einsteiana
meus versos são um refúgio de dor e 
S...O...L...I...D...Ã...O
e neles ainda se tem tempo de contemplar
a lápide de nossas vidas desprovidas
das horas e espaços desmemoriados
porque se volatizaram os conceitos da
E....T...E...R...N...I....D...A....D...E.

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