A dor de teu olhar
me prendeu no instante supremo
fez experimentar a morte
antes de cessar o tom da vida.
Passei a viver a morte em vida
porque o fim principia a libertação e
aos mortos não lhes aflige a consciência.
Quem julgará aos ossos? Quem quer ser
juiz das carcaças humanas?
A dor só é sentida na carne
e meu coração está em carne viva,
mas como fedem seus intentos
nesse bombear de bílis pelas veias.
Por isso, arranco meu coração
e te ofereço esse diamante negro
incapaz de sofrer os benefícios da lapidação.
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