Virgem de alabastro
rosto de bibelô diáfano
braços e pernas de porcelana
alva, branca, branquíssima.
Sorriso de página virgem,
misteriosa e sensual em
suas pernas porcelânicas.
Rompe teu vaso e deixa jorrar
o azeite doce e espiritual para
lubrificar em gotas de mirra flamejante
meus lábios de fel magoados da vida.
Banha-me do óleo santo
no leito de desejos frêmitos
a tocar teus lábios de deusa etérea.
Embriaga-me dentro de ti
recolho-me ao seio eterno
da sepultura alabástrica
de tuas pernas e serei teu,
para sempre no túmulo do amor
secreto e eterno do Éden idílico.
Poesia escrita no ano de 2004
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