O meu mundo já foi simples mas
não o compreendia na complexidade
de minha infância suja de terra.
Eu tinha minhas posses e cuidava
do meu gado de chuchu com pernas
de palitos de fósforos furtados à cozinha.
Foi cercando meu gado e colhendo mais chuchus
aumentando minha manada de bois verdes
como sapos no brejo que descobri em mim a vocação
para a ambição e os ciúmes.
Vem desses tempos, hoje convertidos em memórias,
esses desejo de posse capitalista e esses olhar
de joão-de-barro zeloso, piador solitário,
que tudo cerca e tudo guarda do olhar alheio.
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