As memórias pulsam pelas ruas
na pequena cidade onde nasci.
Aquela esquina tem um beijo meu,
aquele quarteirão está cheio de emoção
e as ruas sem saída rezam uma cantilena
de vozes e sussurros passados.
Nestas ruas de minha infância
deixei meu sangue nas brigas entre meninos
no futebol de asfalto, com os pés descalços
sangrei, gritei gol e fui herói.
Também frequentei igrejas, cultos e missas,
carreguei pão de Santo Antônio
e preguei no púlpito dos crentes.
As memórias são dolorosas
e mal cheguei já penso em partir.
A cidade de minha infância
não brilha no Natal.
Abraço minha mãe, aperto a mão de meu irmão
e sigo rumo ao futuro
fechando as portas atrás de mim.
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