Talvez a poesia mude,
a vida perca o sentido,
o amor não exista
e todas as teorias do universo
conspirem contra o mundo,
mas o que não muda
é essa mania besta
de ser cotidiano,
de olhar para o espelho
todas as manhãs,
inclusive as indesejáveis
e saber que estou ali
mudo, diante do reflexo
que me contempla
e desaprova o que vê.
Também eu desaprovo o mundo,
mas ele continua girando, girando
em rotações e translações
que ignoram o destino humano.
Talvez e somente talvez
haja um sentido para a vida.
Porém, essa é uma hipótese
e nada mais diante
do infinito das possibilidades.
domingo, 5 de novembro de 2017
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