Há algo oculto em algum lugar do mundo,
que não caberá nas palmas das mãos
e se encaixará como uma luva em dia de inverno.
Há algo oculto, que ainda não se nomeia
nem tem as formas definidas,
mas que nos aguarda sem saber.
Há algo oculto em algum lugar do mundo que brilha;
ainda se desconhece sua luz
nem por isso deixa de iluminar.
Há algo oculto que por capricho do destino
ou do tempo ainda não foi contado.
Há algo oculto na curva da estrada
esperando para nos seguir em viagem.
Ainda não sabemos e está lá nos aguardando
desde o dia em que sem saber
que este mundo existia, nele aportamos
desamparados em choros e amparados entre sorrisos.
Há algo oculto na beira do caminho
que nos aguarda toda uma vida.
Ainda não se nomeia, nem tem formas;
já ilumina, mas não vemos,
que está lá, oculto, esperando-nos
como a flor, que bela, sabe
um dia será colhida.
domingo, 26 de novembro de 2017
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