quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Sonhei que tragava teus olhos
e no céu de tuas retinas
havia o eclipse do sol.
Nunca mais teus olhos de fogo
devorarão minha alma
nem se cravará em meu peito
a lâmina dura de teu olhar.
Fecho os olhos
como quem fecha uma janela
e olha para dentro de si.
Contemplo vísceras, rins, pâncreas
e não vejo nada no futuro.
Guardo teus olhos no estojo do peito
como relíquias de um tempo
em que me devoravas com um olhar
e a dor de te servir
era como a alegria do amanhecer .

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...