segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A menina loira
da casa de madeira
na curva da estrada
desemboca em lágrimas
no córrego atrás das mangueiras.
Chora a distância de dezembro,
quando a explosão rosa-amarelo
de mangas espadas
sobre uma cabecinha de fios de ouro
anunciará o tempo de novas bonecas.
À noite a menina sonha
com o dezembro encantado
das mangas chupadas
sob as copas das árvores.
Da explosão amarela entre os dentes
nascerão bonecas loiras
que ela lavará no córrego
no fundo da casa de madeira
que fica na curva da estrada,
onde tem uma menina loira
que sonha com mangas espadas
e seu mundo é maduro
e amarelo como o sol.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...