A menina loira
da casa de madeira
na curva da estrada
desemboca em lágrimas
no córrego atrás das mangueiras.
Chora a distância de dezembro,
quando a explosão rosa-amarelo
de mangas espadas
sobre uma cabecinha de fios de ouro
anunciará o tempo de novas bonecas.
À noite a menina sonha
com o dezembro encantado
das mangas chupadas
sob as copas das árvores.
Da explosão amarela entre os dentes
nascerão bonecas loiras
que ela lavará no córrego
no fundo da casa de madeira
que fica na curva da estrada,
onde tem uma menina loira
que sonha com mangas espadas
e seu mundo é maduro
e amarelo como o sol.
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...
-
Difícil resumir em poucas linhas, quiçá em poucos parágrafos trinta e nove anos de vida. Nem de perto passou por minha cabeça essa possibil...
-
Preciso limpar os meus olhos do fel social, desaprender a olhar para enxergar de verdade praticar o gesto do desaprender e contem...
-
À pequena flor do Quênia A menina escondeu-se na sua carteira escolar. Ocultou-se nas trincheiras de seus dedos. Os livros pesavam como...