De pequeno
tive meu matadouro.
Era dono de pastos inventados
e o jardim era um pampa imenso.
Nele pastavam formigas
saúvas que davam gosto;
e eu, vaqueiro e dono,
[que a alheio gado não assisto]
contemplava orgulhoso
do alto de meu cavalo verde
de pernas de fósforo
e cascos de fogo,
meu gado formigal.
Deus de meu universo,
escolhia a dedo
a formiga mais gorda
e a degolava sem dó
diante das cigarras estarrecidas
que carpiam enlouquecidas
até anoitar o luto sobre o mundo.
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