Sou um homem como qualquer outro,
que precisa de um corpo
onde escorar-se
e do calor de peles alheias
para acariciar sob as mãos.
Sou um homem como qualquer outro,
que reclama do emprego, da mulher,
que amaldiçoa o governo;
depois se senta no sofá
com um copo de cerveja na mão
e espera que os filhos durmam,
para amar a mulher de quem reclamou
o dia todo para os amigos
e não tem coragem de se divorciar.
Sou um homem como qualquer outro,
covarde e domesticado como um cão
que abana o rabo ao ver seu dono chegar.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
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