terça-feira, 25 de outubro de 2016

O homem domesticado

Sou um homem como qualquer outro,
que precisa de um corpo
onde escorar-se
e do calor de peles alheias
para acariciar sob as mãos.

Sou um homem como qualquer outro,
que reclama do emprego, da mulher,
que amaldiçoa o governo;
depois se senta no sofá
com um copo de cerveja na mão
e espera que os filhos durmam,
para amar a mulher de quem reclamou
o dia todo para os amigos
e não tem coragem de se divorciar.

Sou um homem como qualquer outro,
covarde e domesticado como um cão
que abana o rabo ao ver seu dono chegar.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...