Aprendi a amansar
o olhar
controlar aquele brilho
jovem de desejos
todo água, todo sinais.
Dei às minhas vistas
um olhar de boi manso
que rumina o passado.
Olhos invertidos,
que olham para dentro
profundos de si mesmos.
Um olho todo memórias
carregado de bagagens,
brilhando no escuro d'alma,
que ilumina os cantos,
as histórias entre malas,
porta-retratos e quinquilharias.
Hoje, o olhar embaciou.
Traído pelo tempo,
vive de lembranças.
Trai quem à primeira vista julga
ser tristeza a falta de brilho
naquele olhar antes todo navegação.
É simplesmente a vitória
do olhar bovino, que tem a paz
de saber-se pleno de luz.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
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