quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Da lembrança do amor em uma manhã de inverno

Se em tua boca
encontro o que me devora
tenho-me por perdoado a sede
de tão ligeiro beber-te.
É o receio de o instante perder
sendo único o encontro de lábios
e ficar com memória somente
do gosto preso à minha boca
e sentir da flor exalar
em meu hálito o teu corpo,
quando desperto pela manhã.
Se pudesse sufocar dentro
do meu peito o ar
não te cederia à brisa da manhã
que levemente te embala em despedidas
deixando em minha face
o antigo beijo de Judas.

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...