quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Fui engolido pela boca escura da noite
negaram-me o direito ao último raio de sol.
E nessa densa prisão de treva
doei meus olhos para as estrelas,
mas o brilho negro deles
não pôde estampar no manto escuro da noite
nem sequer uma piscada trêmula
para avisar a algum perdido expectador
que eu estava ali e ele podia me esperar.
Porém, sozinho, isolado em mim, mergulhei
no útero das trevas e fetalmente adormeci.

 

Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...