segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Liturgia dos corpos

Tiro tua roupa
como quem professa
a doce liturgia 
dos entardeceres.
O mistério revela-se
e teu sexo reluz desafiador,
vivo, quente, úmido.
Sei que dessas águas
mornas não posso escapar.
Então, devoto fervoroso,
bebo das águas desse poço
numa sede de nunca acabar-se.

Nenhum comentário:

  A poesia é essa água que escorre pela boca e d esce pelas bordas  rompendo a barreira dos lábios. Diz e não diz f abula mundos intangív...