Quando chegar, não bata à porta,
nem tema a indiscrição do horário,
sabia de sua vinda, estava à espera
mesmo desesperançado de seu dia.
Mas, eu estava certo, chegaria à sua hora
e me encontraria organizando os papéis,
tomando decisões, nem sempre as melhores,
à espera do tempo certo, capaz da indefinível
força de apagar o passado, de fechar as portas,
de tirar o pó dos livros deixados pela metade,
abrindo novos caminhos, traçando novas rotas,
dando formas a um futuro ainda desconhecido.
Antes, eu achava que estava só e lamentava
a solidão repisada em palavras vãs,
pois, tinha a certeza de estar sozinho.
Hoje, eu sei que respira e anda por aí,
tem forma, tem história, tem um corpo,
que a vida se encarrega de conduzir.
Por isso, não espero mais, vivo o presente
e sei que dele o pouco que puder guardar,
em breve, será passado e memória
de quando eu acreditava que o tempo era lento
e que a Felicidade era um presente para os outros ,
que a sorte sempre habitava um número
antes ou depois do algarismo que a mim coube
no palco em que o Universo jogou sua loteria.
segunda-feira, 12 de março de 2018
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