A chuva derrama um manto escuro
e meus ossos anunciam dores
de águas futuras e lentas.
Não precisei contemplar a janela
adentrava ao cômodo uma luz amarela
e meus ossos reclamavam o colchão
no qual se estenderam ao longo da noite.
Chove dentro e fora de mim,
não reclamo nem da dor, nem da chuva
e abro a janela a novas estações
com os olhos em nuvem
e as juntas a gritar mudanças
dentro das articulações, que rangem
como cadeiras velhas.
Estiro as pernas ao alto das ilusões
e a despeito dos anúncios ainda tenho sonhos.
terça-feira, 27 de março de 2018
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