quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Por que as palavras?
As inúteis e repetidas palavras
a zumbirem em meus ouvidos?
Embora tenhas te calado, 
ainda as ouço [as palavras ou os gritos?]
como em sonho distante;
perderam, porém, o efeito das erupções
e dormem no fundo do peito
tão vazias de sentido;
desgastadas pelo tempo
as tuas palavras, tão tuas
que as entreguei a ti
e nada mais dizem e adormeço
e me alegro fetalmente seguro de mim.

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