Não faça versos,
faça sexo.
Essa masturbação
de palavras
nunca encheu
uma cama.
Por isso, todo poeta
é solitário
otário, vário,
em seu desvario diário.
Não faça versos,
faça sexo.
O gozo
ao menos
é real.
Mesmo que fugaz
preenche de adeuses
esse longo ensaio da
vida em se despedir
do mundo.
Não faça versos,
faça sexo
que a morte
como noiva
é ilusão de poeta.
Não faça versos,
faça sexo
porque na campa fria
ninguém deita acompanhado.
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