Há um pássaro morto sobre a mesa
suas asas estão quebradas
suas pernas estão amputadas
e o voo da manhã aterrissou
nas mãos do autor de sua morte.
Um canto de ilusão ficou na memória
de quem ouviu seus gorjeios,
mas de quem era a voz
que gritou perigo ao amante do ar?
Tenho o peso do pássaro morto
em minhas rudes mãos.
O pássaro ousou sonhar
novo céu, nova pátria
onde só havia espaço para a escuridão.
2 comentários:
Sensacional e muito apropriado para estes tempos sombrios que estamos vivendo.
Perfeito!
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